Maria da Penha denunciou seu agressor e lutou por anos contra a lentidão do sistema judiciário brasileiro. Em 1994, ela publicou o livro "Sobrevivi... posso contar", no qual narra suas experiências de violência. Em 1998, seu caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o Brasil por omissão e negligência.
Finalmente, em 2002, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado brasileiro e forçou a implementação de medidas para proteger as mulheres vítimas de violência doméstica. Em 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), que visa prevenir e combater a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Maria da Penha continua sua luta como ativista, fundando o Instituto Maria da Penha, que oferece suporte jurídico, psicológico e educacional às vítimas de violência. Sua história é um símbolo da resistência e da busca por justiça para as mulheres vítimas de violência doméstica.